Por unanimidade, a Assembleia Legislativa aprovou, na sessão plenária dessa terça-feira (17), o Projeto de Lei 197 2013, do governo estadual, instituindo o Programa Passe Livre Estudantil, beneficiando estudantes de baixa renda matriculados em instituições de ensino com transporte intermunicipal, entre a residência e a instituição.
Pela proposta, o Executivo assegura aos estudantes matriculados e com frequência comprovada, a gratuidade no transporte público coletivo intermunicipal, mediante ao subsídio integral da tarifa no Sistema Estadual de Transporte Metropolitano Coletivo de Passageiros – SETM, que abrange as regiões Metropolitana de Porto Alegre, do Litoral Norte, Urbana do Sul e Urbana do Nordeste do Estado, nas linhas de modalidade comum, até o limite de duas passagens diárias, em dias úteis.
Para fazer jus à gratuidade do transporte, o estudante deverá comprovar renda per capita familiar de até 1,5 salário mínimo.
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Estudantes e manifestantes acompanham a votação Foto: divulgação |
A proposta também cria o Fundo Estadual do Passe Livre Estudantil e autoriza, ainda, o Executivo a subsidiar o transporte intermunicipal aos estudantes matriculados em instituição de ensino técnico ou superior localizada em município diverso daquele de sua residência, em localidades não abrangidas pelos conglomerados urbanos acima referidos, ou seja, em todo o Estado, o que não constava da primeira proposta governamental. O Fundo fica vinculado à Secretaria de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, com a finalidade de custear o transporte exclusivamente por meio de repasse aos municípios que aderirem ao Programa Passe Livre Estudantil.
Em sua justificativa para a matéria, o Executivo destaca que cerca de 40% dos estudantes universitários de fora dos aglomerados urbanos residem em municípios distintos da sede de suas universidades. Assim, a política do Passe Livre como apresentada agora, deverá beneficiar mais de 70% dos estudantes gaúchos, conforme dados do INEP/2011, sendo, portanto, uma política abrangente.
Manifestações
A votação foi acompanhada das galerias do plenário por um grande número de estudantes e representantes de movimentos sociais, alguns com bandeiras de partidos políticos. O fato mereceu críticas do deputado petebista Cassiá Carpes, que salientou que “aquela movimentação espontânea que surgiu nas redes sociais não tinha muitas das bandeiras que estão aqui”. E acrescentou: “Muitos de vocês eu conheço (havia manifestantes inclusive do próprio PTB, do PSB, além da Une e outras bandeiras). São empregados de partidos e não estavam nas ruas como estão aqui. Essa juventude que aqui está é cabide de emprego e peleguinho de governos”, concluiu.
O petista Edegar Pretto protestou contra o pronunciamento de Cassiá Carpes, defendendo os manifestantes, enquanto o líder do PTB, Aloísio Classmann, desautorizou o pronunciamento de Cassiá como sendo feito em nome do partido. Cassiá defendeu seu direito de crítica.
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