PDT quebra acordo com PMDB na Câmara

Durou um ano e meio. E agora parece que desgastou. 
Com cinco vereadores na Câmara, o PDT precisava apenas de mais um componente para ficar tranquilo e manter a "governabilidade" do seu governo. E esse componente havia: era o Dr. Valdecir Lima, único vereador eleito pelo PMDB. 
Acordo feito, um ano para cada um ser presidente do legislativo, cargos de confiança da presidência do PMDB, palavra certa, aperto de mãos. Só que...
As coisas não ocorreram como o combinado. O vereador Chiquinho Silveira logo se bandeou para oposição, mesmo tendo continuado no PDT; e levou consigo o vereador Toninho Matias, que numa certa ocasião disse ter vergonha de ter feito campanha para o atual prefeito. Os dois só esperam o REDE se oficializar para trocar de partido. E são mais oposição do que a própria oposição!
O Dr. Valdecir foi presidente da casa em 2013, pela ordem esse ano é o Chiquinho e ano que vem seria outro do PDT. Seria. Só que agora ninguém mais sabe o que vai acontecer. O atual presidente e o Dr. Valdecir há tempos vem se bicando. Entre discussões meramente políticas, existe também uma pitada de questão pessoal.  Vamos nos ater à política, que é o que nos interessa.
O presidente da casa parece que não estava muito satisfeito com o trabalho dos cargos indicados pelo PMDB. Exigiu a troca do Diretor, o que prontamente foi atendido. Foi indicado outro diretor, aceito pelo presidente, que nem chegou a aquecer a cadeira e foi exonerado sumariamente pelo presidente.  A alegação da exoneração é que o novo diretor indicado não estava qualificado para o cargo. E ao que tudo indica, o presidente já tem uma pessoa "qualificada" para o cargo, de indicação própria sua. Além dessa situação embaraçosa, há ainda, o cargo de assessor jurídico da presidência, que pelo acordo também seria do PMDB. No entanto, tanto o Dr. Valdecir ano passado, quanto o Chiquinho, nesse, não fez troca. De acordo com a direção do Partido, houve uma indicação de nome, mas que não houve resposta do atual presidente. Essa situação incomoda muito os peemedebistas, que já dão como certo o rompimento do acordo feito em 2013 e traçam outros rumos para 2015.
Vale lembrar que ambos os cargos são de livre indicação e exoneração do presidente. Mas havia um acordo firmado. Os acordos vão, mas a palavra fica!
Só resta saber o que acontecerá a partir de agora. Há quem arrisque em afirmar que a oposição (PT e PTB) ficará mais forte. Há quem diga ainda, que tem um ex-vereador dando as cartas por aí e que ano que vem pode ser criado um blocão, já com vistas as eleições municipais de 2016. Será?  Só tempo dará a resposta!

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