PT e PTB em rota de colisão?

Em nível nacional o PTB rompeu com o governo de Dilma Rousseff. A justificativa do partido é que as alianças estaduais impossibilitaram qualquer tipo apoio nacionalmente. 
Em relação ao Rio Grande do Sul, a coisa é mais incômoda ainda. O partido está dividido apesar de dar apoio à reeleição de Tarso Genro. Essa divisão ficou nítida quando ninguém do partido quis fazer parte da chapa governista. A posição de candidato a vice-governador foi oferecida para todo mundo, mas ninguém aceitou. Primeiro foi Zambiázi, que inclusive deu um "bolo" no governador no dia que seria anunciado; depois foi Lara que recusou o convite. Restou ao PT se contentar com o apoio dos trabalhistas e anunciar um vice do PCdoB. 

Mas o que essa história toda tem a ver com o Capão do Leão?
É sabido de todos os leonenses que os dois partidos mantêm um casamento desde a eleição para prefeito de 2012, com Mauro e Gringo. Isso incluía a união do vereadores da "oposição" na Câmara de Vereadores, que somam 05 edis, sendo 02 do PT e 03 do PTB.
Porém, parece que essa união, antes tida como sólida, está um pouco desgastada. Conversei com alguns petebistas e notei algum desapontamento, principalmente em relação ao governo do estado. E alguns até me confidenciaram que votariam contra ao apoio a reeleição de Tarso na convenção do partido, mesmo que fossem voto vencido. 
E esse desgaste é sentido na Câmara, onde petistas e petebistas disputam algumas conquistas e já trocam algumas farpas para defenderem seus respectivos padrinhos, Pimenta e Busatto. As discussões giram principalmente nas construções das duas creches e dos recursos para a construção da cobertura da quadra da Escola Elberto Madruga. Tal situação colocou de lado opostos Marco Aurelio (PT) e Emerson Brito (PTB) que já protagonizaram discussões mais acirradas na Casa, que pode pôr em risco o projeto de prefeitura da oposição. 
Nos bastidores da política leonense muitos já dão como certo esse rompimento, principalmente pelo lado do PTB, que se sente apequenado se sentindo um simples coadjuvante. A única ovelhinha adestrada e fiel do PTB parece mesmo ser o vereador Ailton Miranda, que não desperdiça uma oportunidade para elogiar os petistas e massagear o ego do ex-vereador e pré-candidato Mauro Nolasco. Aliás, Miranda nem parece trabalhista pelas fortes críticas que tem feito aos seus pares detentores de cargos no governo do estado. O que parece ser apenas uma crítica construtiva, pode significar o descontentamento com seu partido em nível local, justamente pelo rompimento com a Estrela. 
No entanto, muita coisa há de acontecer até as eleições de 2016. E antes disso, em outubro desse ano, temos eleições gerais, que dependendo do que ocorrer, pode ditar o que vai acontecer em nível municipal em terras leonenses a partir de 2015. 
Mas a questão que fica é se isso é apenas um desentendimento momentâneo, pela disputa de egos, ou é o fim da parceria juntos para mudar. 
Será que pode haver uma nova parceria vindo por aí? A partir de janeiro de 2015 saberemos!

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