Município parece um potreiro a céu aberto

Quem anda pela área urbana do nosso município, a pé ou de carro, já deve ter notado a grande quantidade de animais de grande porte soltos pelas vias. São vacas, cavalos, ovelhas e até porcos, pastando nos passeios ou nos espaços vazios da nossa planta urbana. 
Esses dias esse editor percorreu toda a Avenida Três de Maio e contou 20 cavalos soltos e umas cinco vacas. Andando pelo Teodósio foi possível contar uns 10 animais. Foi possível avistar até um suíno. São tantos animais soltos que faz pensar que vivemos num grande potreiro, com o homem dividindo espaço com os animais. 
De outra feita, conversando com uma moradora e comerciante do Armazém Brasil, esta me relatou que são tantos animais soltos que uma vez deixou desguarnecida a sua fruteira, que encontrou uma vaca comendo as verduras legumes de seu estabelecimento comercial. "Tomei um susto", relata.
É possível encontrar animais de grande porte soltos até na área central da cidade, nas proximidades da Avenida Narciso Silva e da Idylio Victoria junto aos trilhos. Nenhuma área da cidade escapa. É só caminhar um pouco que o leitor verá. 

O que diz a lei municipal
A Lei Orgânica do Município, diz que é proibida a criação ou permanência de qualquer animal no perímetro urbano, exceto animais de estimação. Complementando, o Código de Posturas, em seu artigo 69 diz que todo animal que for encontrado na via pública, nas zonas urbanas e suburbanas do Município, será apreendido e recolhido ao depósito municipal ou local apropriado da Prefeitura. Ainda, que o proprietário do animal será notificado, tendo prazo de 30 dias para retirada do animal, mediante o pagamento de multa de 2 (duas) URs e da respectiva diária de 3 (três) UFIRs.
No entanto, na prática não é isso que ocorre. O que se vê é cada vez mais animais soltos na via e infratores com a certeza de impunidade. Primeiro, porque não existe local apropriado da Prefeitura; depois, recolher animais e multar proprietários é uma medida antipopular, que exigiria muita coragem do autuador. E coragem é o não vemos muito por aqui, infelizmente!

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