Artigo: Estelionato Eleitoral

*Gabriel Andina

O nível das campanhas eleitorais no Brasil tem caído drasticamente. A cada eleição os ataques de ordem pessoal aumentam de maneira assustadora, e o debate no campo das idéias fica cada vez mais esquecido. No pleito Presidencial de 2014 a Presidenta Dilma Rousseff lançou mais uma forma de fazer campanha, o “Estelionato Eleitoral”.
Gabriel: Dilma usou de estelionato eleitoral
Foto: divulgação
De conformidade com o Código Penal brasileiro o estelionato é capitulado como crime econômico (Título II, Capítulo VI, Artigo 171), sendo definido como "obter, para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento." Para alguns pode parecer exagero de minha parte, mas basta acompanhar os últimos fatos ocorridos para que todos cheguem à mesma conclusão que eu. 
Vejam bem, ainda durante a eleição a Dilma Candidata dizia que seus adversários iriam aumentar as taxas de juros, e que isso iria reduzir empregos e salários. Três dias depois da eleição, a Dilma “Presidenta”, anuncia que a taxa básica de juro aumentou para 11,25%! 
Ainda tem mais, ao longo da campanha eleitoral a Dilma Candidata dizia que seu adversário, Aécio Neves, iria reduzir o papel dos bancos públicos, e que isso tiraria o maior instrumento de financiamentos de longo prazo. Porém assim que terminou a eleição, o Ministro da Dilma “Presidenta” anunciou que seria realizado um ajuste fiscal que se basearia na redução de subsídios concedidos por bancos públicos. 
A Dilma Candidata ainda gabava-se que no Brasil ninguém mais passava fome. Semanas depois da eleição dados da pesquisa realizada pelo “Ipea” mostram que no governo da Dilma “Presidenta” a extrema pobreza subiu 3,7%, que significa 10,45 milhões de pessoas vivendo na extrema pobreza.
E não parou por ai. A Dilma Candidata falou em debate transmitido para todo País, que a Petrobras era uma empresa primorosa e com gestão competente. Bem essa é fácil de derrubar, agora no governo da Dilma “Presidenta” a Petrobras passa pelo maior escândalo de corrupção da história desse País, a perda da empresa com os desvios citados na “Operação Lava Jato” já pode chegar a R$ 21 bilhões. Além disso, o valor de mercado da Empresa Estatal não para de despencar, colocando em risco o futuro da indústria naval no Brasil.
Durante a campanha o candidato Aécio Neves disse que, se vencesse as eleições, seu Ministro da Fazenda seria Armínio Fraga. A Dilma Candidata não perdeu tempo, e teceu criticas ferozes a política econômica que Armínio Fraga defendia. Dizia Dilma Candidata que se Armínio Fraga fosse Ministro da Fazenda, o prato de comida sumiria da mesa dos brasileiros. Agora que acabou a eleição, a Dilma “Presidenta” está reformulando sua equipe de governo, e ao que tudo indica escolheu Joaquim Levy como seu Ministro da Fazenda. Até ai tudo bem, mas o que poucos sabem é que Joaquim Levy foi aluno de Armínio Fraga na faculdade, os dois são muito amigos, inclusive Levy, o futuro Ministro da Fazenda da Dilma “Presidenta”, defende a mesma política econômica que Armínio Fraga, aquele que a Dilma Candidata demonizou durante a campanha.
O que fica claro é que a Dilma “Presidenta” não é a mesma Dilma Candidata. Dilma e o PT usaram da mentira, da calunia, do terror para ludibriar e enganar outras pessoas. Isso é Estelionato, isso é crime!! Se eu, ou você caro amigo leitor, cometêssemos esse crime, provavelmente seriamos presos, mas a punição para Dilma foi reeleger-se “Presidenta” da República!

Gabriel Vilela Andina é presidente do Diretório Municipal do PMDB.
Os textos assinados não representam necessariamente a opinião do Diário Leonense e são de responsabilidade exclusiva de seu autor.

Comentários