*Dr. Valdecir Lima
Falar sobre economia é dizer que não adianta o partido ou o grupo que está no poder de direita ou de esquerda, seja quem for, vai ter que respeitar a lei da economia, pois vivemos em um país capitalista, e, portanto, hoje estamos vendo a presidente Dilma tomando medidas econômicas, que dizia que não adotaria, e quem adotaria tais medidas, seria o seu oponente o senador Aécio... mas claro isto apenas foi uma estratégia de campanha.
Preocupa-me esta matéria da Zero Hora que passo a resumir o seu texto:
O Ministro da Fazenda, Guido Mantega disse que o Planalto está estudando cortes para diminuir despesas. Em setembro o Governo gastou mais do que arrecadou pelo quinto mês consecutivo. E o tesouro nacional acumulou um déficit inédito em duas décadas. As receitas com pessoal, programas sociais superaram as receitas em 20,4 bilhões. É o maior valor em vermelho já contabilizado em mês, passa então de um saldo fraco para um rombo de 15,7 bilhões.
Pela primeira vez desde o plano real, lançado em 94, que houve um déficit primário no acumulado de um ano, ou seja, O Governo precisou endividar-se para fazer pagamentos rotineiros e as obras de infra-estrutura.
O que me preocupa é o que diz o ministro, na campanha a presidente Dilma disse que não mexeria nos direitos do trabalhador, mas Guido Mantega diz;
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Dr. Valdecir: a renegociação da dívida servirá apenas para a abertura de novos créditos e endividamentos Foto: facebook |
- Temos agora que fazer uma redução importante das despesas e procurarmos reduzir as que crescem mais, como seguro-desemprego, abonos e auxilio doença que representam um gasto de 70 bilhões por ano...só não disse como fará isto.
Pós-campanha já se esperava isto, o aumento da gasolina e óleo diesel. E principalmente o óleo diesel que é a mola propulsora para que a inflação deslanche.
Por outro lado o estado do Rio Grande do Sul deverá fechar no vermelho em 2014 com déficit de 1,5 bilhões e o governador Tarso fechará os quatro anos de gestão com déficit acumulado de 4,2 bilhões.
O que poderá fazer Sartori?
A renegociação da dívida com a União não reduziu o valor das parcelas mensais mas devolveu ao Piratini a capacidade de endividamento, os efeitos desta renegociação só serão sentidos após 2028, quando lá a redução será 15 bilhões, agora é 2,6 bilhões e servirá apenas para abertura de crédito, ou seja, busca de novos empréstimos, isto é, novos endividamentos.
Realmente é crítica a situação financeira do nosso Estado, tomar ou não novos financiamentos e aumentar mais a dívida este é o dilema do governador eleito Sartori.
Mas ele foi eleito e terá que governar, buscando soluções para amenizar o quadro grave em que se encontra o Rio Grande do Sul.
*Dr. Valdecir Rodrigues de Lima é médico clínico-geral, biólogo e vereador leonense no segundo mandato.
Os textos assinados não representam necessariamente a opinião do Diário Leonense e são de responsabilidade exclusiva de seu autor.
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