*Por Dr. Valdecir Lima
Desde que assumi a câmara de vereadores venho lutando há duas legislatura para a implantação de Equipes de Saúde da Família em nosso Capão do Leão, que em outros municípios ao redor da nossa cidade funciona muito bem.
Com muita dificuldade caminha-se para inaugurar uma equipe no posto do Cazaubom, enquanto se corre o risco de perder o recurso de 800 mil reais para a construção de mais duas unidades: no Loteamento Zona Sul e no Cerro do Estado, pois as resistências são fortes, poderosas por falta de conhecimento de causa. Desconhecem o projeto, não sabem o que preconiza, não têm a mínima noção do seu resultado, ou simplesmente por conveniência, acertos politiqueiros, má vontade, incompatibilidade ou ranço político e outros interesses. Por outro lado forças fiscalizadoras do executivo lavam as mãos e dizem que nada têm com isto e dizem: só será mais um postinho! São na verdade contra o povo leonense, mas voltarão a pedir apoio. Vem aí mais um ano eleitoral!
Não será mais um postinho! Será sede da Estratégia da saúde da Família. que nada tem a ver com postinho,! Isto é a prova cabal do total desconhecimento do projeto.
A implantação da Estratégia da Saúde da Família (ESF) depende antes de tudo, de decisão política, alem de querer mudar paradigmas, envolve a participação dos vários setores da Secretaria da Saúde, para ter êxito.
Entende-se, até, por que há resistências mais pontuais e importantes à implantação da Saúde da Família (SF), porque é preciso reorganizar o conjunto de serviços e a forma de trabalho de toda a rede, como orienta a nova lógica apontada pela Atenção Primária à Saúde (APS), embora cada governo que assume venha com o discurso de mudança, geralmente nada acontece, pois falta vontade de mudar.
É importante que se diga: para que haja sucesso desta mudança, naturalmente com bons resultados, para além da Secretaria de Saúde, o projeto deve ser abraçado pelo prefeito.
O apoio evidente dos atores, gestores e a cumplicidade e participação direta no planejamento são de vital importância, logo a implantação da saúde da família depende além de um projeto bem elaborado e fundamentado, como também do contexto político local.
A recomendação do Ministério da Saúde é que cada equipe ESF seja responsável por cerca de 3000 pessoas, não podendo superar a 4000. Para 750 pessoas 1( um agente comunitário de saúde) ACS, um médico por equipe, um enfermeiro, um técnico ou auxiliar de enfermagem.
Sendo assim cobriríamos para começar boa parte do Jardim América. Com o atendimento em casa, diminuiria o volume de atendimento no posto 3, sendo que posteriormente se implantaria também este projeto nesta “UBS”.
No Capão do Leão com a implantação de uma equipe no Cazaubom cobre uma boa parte da zona urbana e outra equipe no Cerro do Estado atenderia mais a outra grande metade, diminuiria o volume de atendimento no posto central e Pronto Atendimento.
Os gastos com a saúde reduzirá, é o lucro para o município, pois não faltarão médicos, haja vista, que uma equipe cobre uma região de 3000 a 4000 pessoas, com apenas um médico de responsável pelo trabalho de atenção básico à saúde.
Isto é o que eu penso. É o projeto que defendo, para começar a melhorar as questões referentes a saúde no nosso município. Como vereador tenho trabalhado nisto, e cobrado do Executivo, pois é quem tem o poder de realizar tal projeto e fazer acontecer.
Continuarei trabalhando e torcendo. Estou fazendo a minha parte. Espero que o prefeito e sua equipe façam o que lhes compete.
*Dr. Valdecir Rodrigues de Lima é médico clínico-geral, biólogo e vereador leonense no segundo mandato.
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