Em junho, IBGE prevê safra 6,7% maior que a de 2014

A sexta estimativa de 2015 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 205,8 milhões de toneladas, 6,7% acima da obtida em 2014 (192,9 milhões de toneladas) e maior 1.489.457 toneladas (0,7%) que a avaliação de maio. A estimativa da área a ser colhida é de 57,5 milhões de hectares, um acréscimo de 1,9% frente à área colhida em 2014 (56,4 milhões de hectares), com diminuição de 45.827 hectares em relação ao mês anterior (-0,1%). O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que somados representaram 91,9% da estimativa da produção e responderam por 86,1% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 5,5% na área da soja, de 0,8% na área do milho e, na área de arroz, houve redução de 3,5%. No que se refere à produção, houve acréscimos de 1,9% para o arroz, 11,6% para a soja e de 2,0% para o milho. 
O Centro-Oeste segue sendo a região com maior produção: 85,7 milhões de toneladas; seguida de Sul, 77,4 milhões de toneladas; Sudeste, 18,7 milhões de toneladas; Nordeste, 18,1 milhões de toneladas, e Norte, 6,0 milhões de toneladas. 
Em 2015, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com participação de 24,1%, seguido pelo Paraná (18,4%) e Rio Grande do Sul (16,0%), que, juntos, representaram 58,5% do total previsto.

Estimativa de JUNHO 2015
205,8 milhões de toneladas
Variação junho 2015/maio 2015
0,7% (+1,5 milhão de tonelada)
Variação safra 2015/safra 2014
6,7% (+12,9 milhões de toneladas)

Estimativa de junho em relação a maio de 2015 
No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, destacaram-se as variações nas seguintes estimativas de produção, comparativamente ao mês de maio: cebola (+7,8%), sorgo (+4,4%), milho 2ª safra (+3,4%), triticale (+2,1), cevada (+1,6%), soja (+0,2%), trigo (-0,5%), milho 1ª safra (-1,1%), feijão 1ª safra (-1,9%) e aveia (-4,1%). 

Veja o levantamento de alguns produtos: 
Milho (em grão) – A produção nacional de milho total (primeira e segunda safras) está estimada em 80,3 milhões de toneladas. A alta frente ao mês de maio se deu, principalmente, em consequência da melhora do rendimento médio, que passou de 5.146 kg/ha para 5.233 kg/ha. O retorno das chuvas durante a segunda safra de milho nas principais regiões produtoras foi um dos principais motivos do acréscimo do rendimento em nível nacional. O milho 1ª safra possui estimativa de produção de 30,1 milhões de toneladas, redução de 1,1% em relação ao mês anterior. A principal responsável pela variação destes dados da primeira safra foi a região Nordeste, que apresentou queda de 7,3% em função do quarto ano consecutivo de seca. O Ceará estimou uma produção 52,1% menor em relação ao mês anterior, enquanto o Rio Grande do Norte reduziu a sua estimativa de produção em 55,6%. Para o milho 2ª safra, são esperados 50,2 milhões de toneladas, acréscimo de 3,4% em relação a maio. Os principais estados responsáveis pelo incremento na estimativa da produção foram Goiás (10,0%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Paraná (3,8%). As produções esperadas para esses estados são 7,3, 8,4 e 10,8 milhões de toneladas, respectivamente. Estes aumentos acompanham os acréscimos verificados na área plantada e no rendimento médio nessa avaliação de junho em relação a maio. 
Soja (em grão) – Com o encerramento da colheita da soja, a produção do país é recorde, sendo estimada em 96,4 milhões de toneladas, 0,2% maior que o estimado no mês anterior. Mato Grosso, com uma produção estimada de 27,6 milhões de toneladas, 0,1% maior que no mês anterior, consolidou-se, por mais ano, como o maior produtor nacional desta cultura. O estado fez pequenos reajustes nos dados, reduzindo o rendimento médio em 0,1% e elevando a área colhida em 0,2%, passando esta a ser de 8,9 milhões de hectares. 
Cereais de Inverno (em grão) – As estimativas de produção para o mês de junho de 2015 apontam decréscimos de 4,1% para a aveia e de 0,5% para o trigo. Houve crescimento para cevada (1,6%) e triticale (2,1%), quando comparados aos dados do mês anterior. O trigo, cereal de inverno mais importante em termos de consumo e volume de produção no Brasil, apresenta estimativa de 7,3 milhões de toneladas em uma área de produção de 2,5 milhões de hectares. O plantio no Paraná, principal produtor do país, atingiu 95% da área estimada. No Rio Grande do Sul, segundo maior produtor, com participação de 34,7% no total, estima-se que 42% da área esteja semeada e, destes, 38% já estão em germinação e desenvolvimento vegetativo. 

Com informações de Rogério Krause, chefe da agência IBGE Pelotas

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