Era PDT termina de forma melancólica em Capão do Leão

O ano de 2016 está terminando. E com ele termina também a supremacia do PDT na política local. Lá se foram 16 anos de altos e baixos. Mais baixos do que altos, convenhamos.

Foram 16 anos de supremacia quase total dos pedetistas em Capão do Leão. Foram duas eleições de Schmitt, uma arrasadora, com mais de 80% dos votos, uma de Quevedo e outra de Cláudio Vitória. Essa última na corda bamba, com uma diferença minúscula.

Em 2017 o PDT dará lugar a outro partido, o PT de Mauro Nolasco e Cia. Esse aliás, é a primeira vez que chega à prefeitura, indo na contramão do partido, que perdeu espaço no restante do Estado.

Cláudio Vitória, o atual prefeito, é considerado por muitos uma ótima pessoa, mas um péssimo administrador. Em quatro anos de governo, não conseguiu calçar nem 100 metros de rua. Coisas simples, como limpeza de valas e patrolamento em muitos rincões leonenses nem chegaram nesses quatro anos. Fora os desmandos da prefeitura. Nos corredores das repartições dizia-se que todo mundo mandava, menos o prefeito.  

Nem o canil municipal o prefeito conseguiu colocar em funcionamento. Aliás, esse é um caso emblemático que deve ser investigado mais profundamente. Primeiro, o prefeito "empurrou com a barriga" até que conseguiu passar para o outro gestor um problema que estava em suas mãos desde 2013 e não conseguia resolver; segundo, dispensou milhares de reais em locação de um local, reformas, obras, como cercados e pisos de concretos, numa área particular, que sequer será usada. Alguém terá que devolver esse dinheiro.  

A era PDT termina de forma melancólica também, porque em 16 anos pouca coisa mudou em Capão do Leão. Não se vê na cidade nenhuma grande obra realizada por nenhum gestor nesse período. O que foi feito, na verdade, foi apenas um feijão com arroz.

O certo é que talvez ninguém sentirá ma falta do PDT no comando da Prefeitura.

Por outro aspecto, o partido, também perdeu. O PDT regozijava-se ao dizer que era o maior partido de Capão do Leão. Era. Tendo elegido 5 vereadores (do total de 11) na eleição de 2012, na de 2016 elegeu apenas um.

Aliás, esse também é um caso emblemático, porque não tendo colocado candidato a prefeito, o partido designou a vice na chapa com o PTB, mas 90% dos CCs estavam apoiando o candidato do PMDB, Schmitt. E o único vereador eleito, depois do pleito, se reuniu com o prefeito eleito, negociou apoio da Câmara em troca de alguns míseros cargos. Ou seja, o PDT sai da prefeitura, mas a prefeitura segue no PDT.

Por essas e por outras acredito que o ano de 2016 não significou apenas o fim da era PDT na prefeitura, mas também na cidade. O partido terá que se reerguer, se quiser dar a volta por cima!

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 Por Jesus Madeira, advogado e editor chefe desse blog, do blog Rede Zona Sul e do canal no YouTube Televisão Leonense - TVL.