Quinta-feira é o dia mais esperando do ano para a política leonense. Nesse dia está marcada a votação do caso do deboche do Ver. Aílton Miranda (PTB). O caso que ficou conhecido como "Ciuminho" finalmente terá seu desfecho.
O caso terá um desfecho. talvez não aquele que a maior parte da população leonense queira, mas terá um ponto final nessa quinta.
Miranda deverá escapar, sem sobressaltos. Para haver cassação de mandato há necessidade de 08 votos. Para não haver, são necessários 04. São 11 vereadores. E Miranda já tem os quatro. Quais são eles? Os três do PT (Marco Aurélio, Glei e Cesinha) e o do PDT (Fabrício Freitas). Esses votos são suficientes para Miranda escapar, portanto a audiência será vã.
Mas por que o PT defenderia Aílton Miranda? Quem acha que o PT está defendendo o vereador denunciado por amizade ou por um entendimento político-jurídico do caso está muito enganado. Há no mínimo três motivos básicos para a defesa, tanto em plenário, como em redes sociais: Primeiro, Miranda juntamente com Fabrício Freitas, que é PDT, mas manteve cargos na atual administração, fazem parte da base aliada da administração municipal; sendo assim, a saída de Miranda representaria a diminuição do apoio que a administração tem na Casa, já que o suplente seria oposição, como é o restante do PTB. Segundo, Miranda fez campanha abertamente para o então candidato Mauro Nolasco, indo de encontro com a diretriz do partido na eleição de 2016. Terceiro, em um dos áudios vazados, o vereador levantou a auto-estima da administração, dizendo, mesmo que houvesse poucos meses de governo, que essa era a melhor administração que já houve. Não deixariam um garoto-propaganda desses se afundar na lama, afinal, não é sempre que alguém diz isso.
Por essas razões, e talvez outras, a atual administração tem feito uma defesa "alta e em bom tom" do nem tão nobre edil assim. Com três vereadores, mais o Fabrício, que dá apoio incondicional ao governo, em troca de alguns cargos, o PT deve livrar Aílton Miranda da cassação.
Talvez a cassação fosse uma pena muito dura, se a situação se tratasse de um fato isolado, em si mesmo, mas não é. A repercussão que teve o caso foi gigantesca. Capão do Leão entrou no cenário do noticiário nacional por causa de uma piada de mau gosto de um agente político, que deveria zelar pelo cumprimento da lei e da ordem.
Quinta passa, o vereador deve escapar. Mas o povo não deve esquecer o caso. Daqui a pouco tem eleição de novo. Será que ele terá coragem de pedir voto? Ou o caso entrará para o folclore da política leonense, como ocorreu com seu homônimo, que quase 20 anos depois ainda não conseguiu se explicar para a comunidade?
Mas como dizia o amigo aquele lá da Hidráulica: "cada povo tem o representante que merece". Será que não está na hora de analisar melhor antes de dar a cadeira da Câmara para um determinado candidato? Não se iluda, você tem parcela de culpa nisso!
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