Meu lugar
Onde tudo é de pedra,
O sol queima a argila
Ando nas ruas conhecidas
Esquecidas pela saudade
De nunca vê-la,
Nenhum paralelepípedo
Enfeita minha cidade,
Oh, coitada dela...vive ao léu...
Errante, mesmo assim eu vou
Nem olho pra trás
Porque ainda é teu colo
Que busco a serenidade...
E mesmo tomada na poeira,
Nos tufos de areia
Naqueles dias de ventania
Saem toda poesia...
Mas te digo meu caro,
Ainda há flor de amor perfeito
Que enfeita os jardins,
E na mais fina instância
Trago em ti esperança,
Não quero ruas melhores
Mesmo que fosse pra andar
Um pouco melhor...
Quero pessoas que deixem no pó,
Tudo do cruel ao fadado...
Que sejam sóbrios,
Que apreciem assim do jeito que és,
Pois um dia num suposto precipício
De pedras sobre pedras te resumirá,
Pois eu digo que ninguém cuida
Desta gente de barro vermelho
Que aprecia ao longe
A simplicidade neste corajoso...lugar..______________________________________________________
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